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Museu de Arte do Rio  

Bernardes e Jacobsen 

Rio de Janeiro, 2010-2013 

 

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Prédio histórico ganha forma de museu na Praça Mauá
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Situação: Construído (arquiteto convidado)

Tipo de Intervenção: Intervenção em patrim

Acervo: Arte Moderna e Contemporânea

Caráter: Público

Apresentação

O Museu de Arte do Rio, obra do escritório Bernardes & Jacobsen (BJA), foi criado sob a peculiar condição de se reciclar e integrar três edificações existentes: o Palacete D. João VI, prédio eclético inaugurado em 1916 e tombado pelo Conselho Municipal de Proteção ao Patrimônio Cultural no ano 2000; a antiga sede da Polícia Marítima e depois Hospital da Polícia Civil José da Costa Moreira, obra modernista dos anos 1940; e o antigo Terminal Rodoviário Mariano Procópio, inaugurado em 1950 como a primeira rodoviária interestadual do Rio de Janeiro, que se estendia dos pilotis no térreo do hospital a uma marquise acomodada na rua posterior, também protegida por órgãos patrimoniais do município.

Situado em um dos cantos da Praça da Mauá, um dos pontos mais simbólicos da cidade, a obra é uma das vitrines do plano de reestruturação da zona portuária do Rio de Janeiro que, por sua vez, integrou o planejamento para os Jogos Olímpicos de 2016.

O projeto foi iniciado em 2010 e a obra inaugurada em 1º março de 2013, quando a praça e o Museu do Amanhã (2010-15), obra de Santiago Calatrava situada no vizinho píer Mauá, ainda encontravam-se em obras. Considerada a primeira obra-símbolo do projeto Porto Maravilha, foi viabilizada por uma parceria entre a Fundação Roberto Marinho e a prefeitura, com apoio do governo estadual e do Ministério da Cultura.

O antigo palacete abriga o novo Museu de Arte, que propõe criar uma leitura artística da história da cidade, com base em suas características sociais e simbólicas, suas contradições, desafios e expectativas. No prédio modernista foi instalada a Escola do Olhar, cuja intenção principal é oferecer formação a educadores do ensino público. Sob a marquise da outrora estação rodoviária, distribuem-se espaços técnicos e de serviços.

Fruto de uma intervenção em patrimônios edificados, o novo museu se insere no extenso rol de equipamentos culturais brasileiros abrigados em edifícios de reconhecido valor histórico e cultural. A conversão de prédios tombados em centros de cultura é uma tendência perceptível no Brasil com especial intensidade a partir de meados da década de 80 do século passado quando, em meio ao cenário instável da pós-modernidade, o acervo construído – com especial atenção ao patrimônio eclético -  passou a ser valorizado como legado cultural a ser reutilizado.

No caso do MAR, as condicionantes delineavam a necessidade de um projeto que criasse um diálogo entre os edifícios existentes e, consequentemente, entre suas histórias. Além disso, sua especial inserção urbana exigia um olhar atento às relações urbanas e paisagísticas que caracterizam uma das localidades histórica e culturalmente mais significativas do Rio de Janeiro e do Brasil.

Os autores do MAR Thiago Bernardes, Paulo Jacobsen e seu filho, Bernardo Jacobsen, foram sócios na firma BJA até 2012, quando encerraram a parceria e montaram escritórios independentes. Eram – e ainda são – reconhecidos por sua produção de residências de alto padrão, tendo até então muito poucas experiências com edificações institucionais de uso público.

Os arquitetos foram convidados a projetar o museu após ficarem em segundo lugar no concurso para o Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro (MIS-RJ), vencido pelos americanos do Diller Scofidio + RENFRO em 2009, do qual também participaram escritórios nacionais importantes como Brasil Arquitetura, Isay Weinfeld e Tacoa Arquitetos, além de medalhões do star-system internacional como Daniel Libeskind e Shigeru Ban.

Ivo Giroto, 2018

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