
O MAR visto da Praça Mauá Foto Ivo Giroto, 2018

O MAR visto da Praça Mauá Foto Ivo Giroto, 2018

A rua posterior à marquise, transformada em corredor de serviços do museu Foto Ivo Giroto, 2018

O MAR visto da Praça Mauá Foto Ivo Giroto, 2018
Fotos da Obra

MAR Desenho de Gabriel Correa, 2018

Desenho de Gabriel Correa, 2018

Desenho de Gabriel Correa, 2018

MAR Desenho de Gabriel Correa, 2018
Desenhos
Vídeos

Situação: Construído (arquiteto convidado)
Tipo de Intervenção: Intervenção em patrim
Acervo: Arte Moderna e Contemporânea
Caráter: Público
Referências
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GIROTO, Ivo. Diálogo entre tempos e espaços: o Museu de Arte do Rio. Revista Prumo, Rio de Janeiro.
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GRUNOW, Evelise. A onda da sedução. São Paulo, ProjetoDesign, ed. 398.
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KAMITA, João Masao. Sobre o MAR. Arquitextos, São Paulo, ano 13, n. 155.00, Vitruvius, maio 2013.
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MAR – Museu de Arte do Rio / Bernardes + Jacobsen Arquitetura. Archdaily, abr. 2013.
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SANTORO, Francesco. Com projeto de Bernardes Jacobsen Arquitetura, museu MAR, no Rio de Janeiro, é a primeira obra pronta na requalificação do Porto Maravilha. Arquitetura e Urbanismo, São Paulo, ed. 229, abr. 2013.
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SEGRE, Roberto. Museus brasileiros. Rio de Janeiro: Viana & Mosley, 2010.
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SERAPIÃO, Fernando. Ponte aérea. Revista Monolito, São Paulo, n. 13, fev./mar. 2013, p. 21-29.
Apresentação
O Museu de Arte do Rio, obra do escritório Bernardes & Jacobsen (BJA), foi criado sob a peculiar condição de se reciclar e integrar três edificações existentes: o Palacete D. João VI, prédio eclético inaugurado em 1916 e tombado pelo Conselho Municipal de Proteção ao Patrimônio Cultural no ano 2000; a antiga sede da Polícia Marítima e depois Hospital da Polícia Civil José da Costa Moreira, obra modernista dos anos 1940; e o antigo Terminal Rodoviário Mariano Procópio, inaugurado em 1950 como a primeira rodoviária interestadual do Rio de Janeiro, que se estendia dos pilotis no térreo do hospital a uma marquise acomodada na rua posterior, também protegida por órgãos patrimoniais do município.
Situado em um dos cantos da Praça da Mauá, um dos pontos mais simbólicos da cidade, a obra é uma das vitrines do plano de reestruturação da zona portuária do Rio de Janeiro que, por sua vez, integrou o planejamento para os Jogos Olímpicos de 2016.
O projeto foi iniciado em 2010 e a obra inaugurada em 1º março de 2013, quando a praça e o Museu do Amanhã (2010-15), obra de Santiago Calatrava situada no vizinho píer Mauá, ainda encontravam-se em obras. Considerada a primeira obra-símbolo do projeto Porto Maravilha, foi viabilizada por uma parceria entre a Fundação Roberto Marinho e a prefeitura, com apoio do governo estadual e do Ministério da Cultura.
O antigo palacete abriga o novo Museu de Arte, que propõe criar uma leitura artística da história da cidade, com base em suas características sociais e simbólicas, suas contradições, desafios e expectativas. No prédio modernista foi instalada a Escola do Olhar, cuja intenção principal é oferecer formação a educadores do ensino público. Sob a marquise da outrora estação rodoviária, distribuem-se espaços técnicos e de serviços.
Fruto de uma intervenção em patrimônios edificados, o novo museu se insere no extenso rol de equipamentos culturais brasileiros abrigados em edifícios de reconhecido valor histórico e cultural. A conversão de prédios tombados em centros de cultura é uma tendência perceptível no Brasil com especial intensidade a partir de meados da década de 80 do século passado quando, em meio ao cenário instável da pós-modernidade, o acervo construído – com especial atenção ao patrimônio eclético - passou a ser valorizado como legado cultural a ser reutilizado.
No caso do MAR, as condicionantes delineavam a necessidade de um projeto que criasse um diálogo entre os edifícios existentes e, consequentemente, entre suas histórias. Além disso, sua especial inserção urbana exigia um olhar atento às relações urbanas e paisagísticas que caracterizam uma das localidades histórica e culturalmente mais significativas do Rio de Janeiro e do Brasil.
Os autores do MAR Thiago Bernardes, Paulo Jacobsen e seu filho, Bernardo Jacobsen, foram sócios na firma BJA até 2012, quando encerraram a parceria e montaram escritórios independentes. Eram – e ainda são – reconhecidos por sua produção de residências de alto padrão, tendo até então muito poucas experiências com edificações institucionais de uso público.
Os arquitetos foram convidados a projetar o museu após ficarem em segundo lugar no concurso para o Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro (MIS-RJ), vencido pelos americanos do Diller Scofidio + RENFRO em 2009, do qual também participaram escritórios nacionais importantes como Brasil Arquitetura, Isay Weinfeld e Tacoa Arquitetos, além de medalhões do star-system internacional como Daniel Libeskind e Shigeru Ban.
Ivo Giroto, 2018