
Foto Ivo Giroto, 2018.

Foto Ivo Giroto, 2018.

Foto Ivo Giroto, 2018.

Foto Ivo Giroto, 2018.
Fotos da Obra

Desenho de Gabriel Correa, 2008

Desenho de Gabriel Correa, 2018

Desenho de Gabriel Correa, 2018

Desenho de Gabriel Correa, 2008
Desenhos
Vídeos

Situação: Construído (concurso)
Tipo de Intervenção: Obra nova
Acervo: Fotografia, literatura, iconografia, cinema, artes plásticas e música.
Caráter: Privado de acesso público
Referências
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ANDRADE, Vinicius. Andrade Morettin: cadernos de arquitetura. São Paulo: Bei Comunicação, 2016.
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ANDRADE MORETTIN. Instituto Moreira Salles / Andrade Morettin Arquitetos. Archdaily, nov. 2017.
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GRUNOW, Evelise. No alto, ao pé do chão. Projeto Design. São Paulo, n.440, p.88-95. nov/dez, 2017.
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PERROTA-BOSCH, Francesco. Um marco cultural. São Paulo, Revista Projeto Design, n. 408.
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SERAPIÃO, Fernando (ed.). Concurso Instituto Moreira Salles/SP. São Paulo, Revista Monolito n. 8, abr./mai., 2012.
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VIEIRA, Ian. Representatividade Cultural. Galeria da Arquitetura.
Apresentação
A sede paulista do Instituto Moreira Salles (2012-17) integra um território cultural de primeira grandeza no país, consolidado de forma relativamente espontânea ao longo dos quase três quilômetros da via mais simbólica de São Paulo, a Avenida Paulista. Reconhecida como centro financeiro do Brasil, a avenida que abriga o icônico Museu de Arte de São Paulo, o MASP (1957-68), de Lina Bo Bardi, atualmente é caracterizada pela diversidade. A partir da década de 1990, com a inauguração da Casa das Rosas, centro de cultura instalado em um palacete dos anos 1930, passou a consolidar-se como um eixo cultural que conta atualmente com o instituto Itaú Cultural (1991-95), de Ernest Mange (1922-2005); o centro Cultural da FIESP (1996), intervenção de Paulo Mendes da Rocha no térreo do edifício sede da instituição; a Japan House (2017), do arquiteto japonês Kengo Kuma; e mais recentemente o SESC Paulista (2018), dos arquitetos Konigsberger e Vannucchi.
Assim como a maioria das demais instituições citadas acima, o IMS é parte de uma série de importantes instituições culturais privadas, viabilizadas por leis de incentivo surgidas a partir do final dos anos 1980. Fundado em 1992 e com sedes nas cidades de Poços de Caldas, Rio de Janeiro e São Paulo, possui importantes patrimônios em fotografia, em mais larga escala, música, literatura e iconografia.
Desenhado por Vinícius Andrade e Marcelo Morettin em diálogo com os prédios mais icônicos da avenida, o edifício do instituto parte de um firme compromisso com a cidade, que adentra o térreo liberado como espaço público, novamente evocado em uma praça situada no quarto andar, de onde pode-se apreciar a vista da movimentada avenida.
A praça elevada funciona como distribuidor funcional, tendo abaixo de si espaços como cinema/auditório e biblioteca, e acima as salas expositivas de uso público irrestrito. O IMS ocupa um terreno exíguo, obrigando a verticalização do museu em sete pavimentos. Os andares vazios, o corte de alguns pavimentos atravessados pela escada rolante, e a inclinação de volumes no interior eliminam a previsível monotonia que seria provocada pela sucessão das lajes.
Em mais uma poética relação com o entorno, uma pele de vidro translúcido envolve o edifício, deixando entrever de fora as silhuetas de pessoas e volumes, e filtrando por dentro as imagens da movimentada da avenida.
O marcado caráter público e as características centrais do projeto da sede do IMS inscrevem-no em uma tradição arquitetônica viva, que ainda encontra na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo seu centro de gravidade, ancorado em figuras como João Batista Vilanova Artigas (1915-85) e, principalmente, Paulo Mendes da Rocha.
Ivo Giroto, 2018
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