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Biblioteca Brasiliana ↗ 

Eduardo de Almeida, Mindlin Loeb + Dotto Arquitetos 

São Paulo, SP,  2013 

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ArchDaily Experience | Brasiliana Library
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Situação: Construído 

Tipo de Intervenção: Construção

Acervo: Literatura

Caráter: Público

Apresentação

A Biblioteca Brasiliana abriga a biblioteca Guita e José Mindlin, que tutela o acervo de livros raros doados à Universidade de São Paulo pelo conhecido bibliófilo que a nomeia, e o IEB - Instituto de Estudos Brasileiros. Construída na Cidade Universitária da USP, é a maior biblioteca Brasiliana custodiada por uma universidade em escala mundial, tornado seu acervo gradativamente disponível pela internet.

O projeto de Eduardo de Almeida com Rodrigo Mindlin Loeb tomou como paradigma as mais conceituadas bibliotecas americanas, tais como a Beinecke Library de Yale, A Morgan Library, a New York Public Library e a Biblioteca do Congresso, assim como a Biblioteca Saint-Geneviève de Paris.

O projeto tira partido do consagrado recurso paulista de abrigar todo o programa sob uma grande cobertura única. A partir das extremidades, em lados opostos situam-se os edifícios da biblioteca Guita e José Mindlin e do IEB, conectados por uma praça central coberta, onde ficam dois volumes mais baixos e independentes do grande corpo longitudinal. Ao escapar parcialmente dos limites da cobertura no sentido transversal, o bloco cilíndrico do auditório e o prismático da livraria/restaurante estabelecem um diálogo de contraste discreto e integração autônoma em relação ao conjunto.

Atravessando a praça no sentido transversal, um caminho corta o edifício a fim de conectar a avenida e o bolsão de estacionamentos que limitam o local onde está implantada a biblioteca. A pouca vitalidade do entorno rarefeito do campus enfraquece a mensagem urbana do projeto, caracterizado pela abertura típica dos edifícios “sem portas” da arquitetura moderna paulista.

Além do concreto aparente, chapas metálicas perfuradas revestem os planos de fachada e cobertura e permitem a entrada controlada de luz natural aos interiores sem prejudicar o precioso acervo, além de dotar o edifício de diferentes efeitos translúcidos, de fora para dentro durante o dia, e de dentro para fora à noite.

A espacialidade interna da biblioteca Guita e José Mindlin possui ambiência cerimonial, marcada pela luz filtrada e pela apresentação ao público do raro acervo de livros como se fossem relíquias. A penumbra que domina o lugar recorda especialmente a biblioteca de livros raros de Yale (1963), projetada por Gordon Bunshaft (SOM).

De acervo justificadamente restrito e controlado ao acesso público, a Brasiliana é uma exceção na rede de bibliotecas nacionais.

 

Ivo Giroto, 2018

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